domingo, 30 de maio de 2010

...

O que você quer?

Quero tudo!

Querer tudo é muito generalizado. Tudo envolve a morte. Envolve a tristeza. Envolve a solidão. Envolve sentimentos ruins.

Então eu quero as coisas boas!

Coisas boas podem ser deturbadas. Muitas coisas são boas, mas talvez não sejam boas pra você.

Então o que eu quero?

Mas essa pergunta eu te fiz!

E eu respondi.

Você está dizendo que respondeu exatamente o que você quer?

Acho que sim.

Achar não é certeza. A certeza é algo mais profundo. Mais certo. Mais delimitado. Mais real.

O desejo não pode ser real.

Mas aí que você se engana. Se ele não for real, e se você acredita que seu desejo é algo impossível, como ele se tornará realidade?

Mas o céu é o limite.

E certamente que é. Mas se você não sabe onde é o seu céu, como saberá qual é o seu limite?

Você já não faz mais sentido.

Eu que não faço sentido, ou você que se perdeu em seus próprios pensamentos irrisórios?

Você que não faz sentido.

Pode me culpar. Talvez eu mereça essa culpa. A verdade está tão mais profunda, que é absurdo eu querer te convencer agora...

Então a culpa é minha?

Você acha que a culpa é sua?

Acho que não.

Então o que você quer?

...

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