sexta-feira, 1 de maio de 2009

Das Antigas!!!

Éramos nove. Jovens. Desses que querem curtir a vida e procuram sempre por novidades. Na verdade nem se trata muito de novidades. Não para alguns dos nove. Era apenas a...
Lapa. Sempre Lapa. Aquele lugar no centro do Rio, os Arcos, a perdição, o circo voador... A carioca, O carioca, A mineira e alguns capixabas já conheciam. Os outros capixabas decidiram que era hora de conhecer. Todos merecem algumas doses de lapa na vida. E nada melhor do que uma sexta feira com...
Bebidas. Tem que beber sempre. Está implícito no contexto, se você se propõe a ir pra lapa você está disposto a beber, e vomitar, ou dormir na escada, ou fazer careta e não saber se está rindo ou chorando. Tststststs!! Não nessa ordem, talvez nem todas elas, ou nenhuma delas, mas ficar bêbado é essencial. Talvez apenas o ar da lapa já te deixará bêbado. Aí ...
Pronto. A mistura está feita. Lapa, antigos freqüentadores, bebidas, novos freqüentadores, risos, bebidas, todos amigos, diálogos, mais bebidas, mais risos e bebidas sempre. A partir daí as histórias aparecem naturalmente. Histórias pra sempre eternizadas por brincadeiras repetitivas que nunca cansam. Alguns tendem a não agüentar. Pedem arrego. Dão três tapinhas. Desistem. A esses, portadores de tamanha fraqueza perante a magnificência da lapa, cabe apenas um abraço, um aperto de mão, um circular, e mais uma piada eternizada. Ela, o circular, e o pom pom no Fecho Éclair. E sem discussões sobre a forma correta de se dizer o último item. Ou quão engraçado alguns dizem. A noite continua sem interrupções nas bebidas devo frisar. Ao fundo um som familiar. Aquele que já foi condenado pela alta sociedade como sendo “som de preto de favelado...”. Uma capixaba em especial soube aproveitar muito bem toda essa overdose cultural. Era um galpão praticamente, tudo escuro, pequeno, luz de boate e o som tocando. “Mão no chão e joga a bunda pro alto”... E ela o fez... “ Chão, Chão, Chão, Chão” ... E ela o fez .... “Vem thuthuca linda”... E ela foi. Naquele instante ela se mostrou bem familiarizada com o local. Ela nem lembraria de tudo talvez, mas os amigos em volta sim. Mais piadas eternizadas.
“Avisa que a gente não quer se enturmar”, Disse o capixaba com mais apelidos do que qualquer pessoa no mundo. Talvez ninguém saiba realmente o nome dele. E talvez ninguém saiba a quantidade exata de apelidos que ele tem! Era para um alemão qualquer que ziguezagueava bebadamente tentando entrar na roda, onde a capixaba exibia todo seu dote de dançarina... Sem mais nem menos podíamos ver a lua novamente. Ninguém sabe ao certo quem propôs que deixássemos o galpão, mas ele ficou pra traz. Ao fundo, ainda a música. “SAI GONORÉÉÉÉÉIIIA”... Risos. Mais risos. Foto no celular. Carimbo que permite a entrada no galpão a mostra. Uma música pra sempre como motivo de risos. Nem precisa dizer que Bêbados sempre decidem por si só que são capazes de tudo. E o tudo aqui, refere-se aos malabares. Pra que aula? O conceito é super simples: Joga o bastão pra cima, pega ele no ar com outros dois bastões, não pode deixar cair. Engraçado que a única coisa no ar eram os risos bêbados das tentativas. Mais caminhadas, YakIsoba a venda... O que comer? Pra que comer? Mais bebidas. Nascer do sol. Oi? Já? Mas já? Sim, essa tende ser a reação de todos. Hora de ir embora. Hora de se preocupar “Ela ainda ta circulando?”. Hora de agradecer a Deus por mais uma noite divertida, e se os anjos vierem nos proteger, não faça a dança do siri na frente deles. Pode ser considerado falta de respeito!

2 comentários:

Buzin disse...

Esse eu conheço!
É um privilégio fazer parte das histórias da sua vida! ^^
amo amo
volta logo...

Ana Clara disse...

Que delíiiiiiiiiicia reler isso e relembrar de cada momento!!! Quero mais. Mais escadaria, mais risos/choros/tststststs, mais calypsooooooooo, mais gins, mais tudoooooooooo!!!!!!!!!!!!! Volta logo!!! Te amoooooooooooo!!!!!!!!!